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Houve um tempo em que a palavra curador era usada para definir quem cuidava de alguma coisa. De gente e de coisas. O médico é curador da saúde do paciente. O professor é curador do ensino do estudante. E o  curador de arte deveria cuidar de acervo e coleção de museu e artista. Mas a palavra curador hoje passou a ser aquele cuidador de tudo e de todos. No entanto, os curadores de arte o que menos fazem é cuidar de artistas e das coleções dos museus. Voltar para a ideia do curador à moda antiga. O curador é uma ideia aberta e compartilhada do processo de escuta, de ver, de organizar, de mostrar, de mediar e de pensar, falar e escrever sobre arte.

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O que significa cuidar? Onde cuidar? De quem cuidar? Cuidador é o “construtor que tem o cuidado como foco de suas práticas”. “Cuidar é conviver”. “Cuidar é prática de vida e modo de vida”. “Cuidar é alteridade – cuidar é colocar-se no lugar do outro”. “Cuidar hoje é acima de tudo, estar disponível”. Cuidar pode ser também olhar o outro e para si, espelhar-se, sentir empatia pelo que o outro sente e  perceber as necessidades do outro”. “Estar em cuidado no quintal, na roda, no toque, na comida”. “Pois tudo e todos precisam do cuidado”. “O cuidado como possibilidade de troca, é isso”. “No ato de proteger o outro, dar segurança para o outro na troca”.

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Cuidado é primeiro compreender-se a si mesmo depois de fazer algo de verdade pelo outro. Curar, curadoria e ser curador, é o tema do encontro com Ricardo Resende, curador da exposição Carimbos, de Carmela Gross, em cartaz no Instituto de Arte Contemporânea.

O evento acontece no dia 15 de abril, às 12h30, na sede do IAC, após uma visita mediada à exposição que acontece às 11h.